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Blog da Clínica Brasil

Pensando em cuidar da sua saúde, trouxemos uma série de conteúdos, para você entender melhor sobre sintomas e doenças que afetam o organismo. Não se esqueça de agendar uma consulta com um médico especialista!

O que é meningite? Causas, sintomas e como se proteger

A imagem mostra uma criança com uma das mãos no rosto,  com um dos olhos fechados, vestindo uma camiseta cor laranja.
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Meningite é o termo que nomeia a inflamação das membranas que protegem o sistema nervoso central, denominadas meninges, as três camadas de membranas responsáveis pela proteção do cérebro e da medula espinhal, fornecendo uma camada física de proteção contra infecções e traumas e auxiliando na circulação do líquido cerebrospinal, que além de proteger, também nutre o tecido nervoso e mantém o ambiente ideal para o funcionamento da medula e do cérebro. As três camadas das meninges estão dividas em: 

  • 01º - Dura-máter: barreira protetora, rígida e externa;

  • 02º - Aracnoide: membrana que envolve o espaço subaracnoide e possui um formato que lembra a teia de uma aranha (por isso o nome), que armazena o líquido cerebrospinal, ficando entre as duas camadas (dura-máter e pia-máter).

  • 03º -  Pia-máter: contorna todo o sistema nervoso, camada fina e delicada que fica em contato com a superfície do cérebro e da medula.

Tipos de Meningite: Causas, Transmissão e Sintomas

Os tipos de meningite são classificados de acordo com o responsável pela inflamação das meninges, se trata-se de uma bactéria, vírus, fungo, parasita ou substâncias químicas. Dentre os principais tipos estão: 

  • Meningite bacteriana: causada por bactérias, é o tipo mais grave da meningite, que pode levar à morte caso não seja tratada rapidamente. A transmissão acontece no contato direto com secreções da mucosa do nariz ou garganta de indivíduos infectados. Os sintomas incluem: dor de cabeça intensa, febre alta, rigidez na nuca, náuseas e vômitos, e confusão mental.

  • Meningite viral (ou asséptica):  inflamação causada por vírus (como enterovírus, herpesvírus, vírus da caxumba),  tipo menos grave do que a bacteriana, tem sintomas semelhantes, mas com menor intensidade. A transmissão se assemelha a gripe e resfriados, ocorre pelo contato com secreções respiratórias. 

  • Meningite fúngica: causada por fungos (como o Cryptococcus), a meningite fúngica geralmente acomete pessoas com o sistema imunológico enfraquecido, como em pacientes portadores do vírus HIV/AIDS. Não é transmitida por contato, mas sim pela inalação de esporos fúngicos. Os sintomas tendem a uma evolução mais lenta, e englobam dor de cabeça, febre, rigidez na nuca e alterações neurológicas. 

Existem outros dois tipos menos recorrentes de meningite, a meningite química ou medicamentosa e a meningite parasitária. 

  • Meningite medicamentosa: é a meningite causada por substâncias medicamentosas que circulam no espaço subaracnoide, ou seja, no sistema nervoso, como os medicamentos quimioterápicos e antibióticos, ou em procedimentos como anestesia raquidiana, quando o anestésico é injetado na região lombar. Não é transmissível e dentre os sintomas estão: dor de cabeça, rigidez de nuca, náuseas e febre. 

  • Meningite parasitária: é o tipo mais raro da meningite, causada pelo parasita conhecido como ‘‘ameba comedora de cérebro’’ (Naegleria fowleri). Os sintomas têm evolução rápida e uma taxa de mortalidade que ultrapassa 95%. A transmissão se dá durante o contato com água contaminada, onde o parasita entra pelo nariz e migra para o cérebro. A transmissão por outros parasitas menos graves, mas que também podem causar a doença,  pode ocorrer através do contato com alimentos ou água contaminados. 

Tratamentos 

O tratamento e a prevenção da meningite depende de alguns fatores, como o estágio da doença e o agente causador. No caso da meningite bacteriana, a administração de antibióticos de forma intravenosa e internação imediata são fundamentais. Na meningite viral o tratamento visa o alívio dos sintomas, que incluem o uso de antitérmicos e analgésicos, e em casos de maior gravidade, internação para monitorar e prevenir complicações. O tratamento da meningite fúngica costuma ser mais complexo e prolongado do que na meningite bacteriana ou viral, pois costuma acometer imunossuprimidos, e é realizado com a administração de antifúngicos intravenosos, necessita de internação hospitalar logo na fase inicial e o fortalecimento do sistema imunológico é de suma importância. Já na meningite medicamentosa é essencial a interrupção do uso do medicamento que causou a inflamação, o tratamento proporciona alívio dos sintomas, que desaparecem em poucos dias. Na meningite parasitária o tratamento é de suporte clínico, com medicamentos para controlar a dor e inflamação.

Como prevenir a meningite?

Existem algumas formas de prevenção contra a meningite, a principal é a vacinação, que previne a meningite na forma mais grave, uma vez que fornece proteção contra diversas bactérias, por exemplo: 

  • A vacina BCG protege contra tuberculose;

  • A pentavalente protege contra Haemophilus influenzae tipo b, que pode causar doenças graves, principalmente em crianças;

  • Pneumocócica 10-valente ou 13-valente: contra Streptococcus pneumoniae (pneumococo);

  • Meningocócica C ou ACWY: protege contra Neisseria meningitidis (meningococo)

Além de manter o calendário vacinal em dia, é importante prezar por uma boa higiene, lavar as mãos com frequência, principalmente após o contato com secreções,  evitar o compartilhamento de objetos de uso pessoal, e sempre procurar cobrir nariz e boca ao tossir ou espirrar. Em caso de identificação dos sintomas é vital procurar por atendimento médico imediatamente, pois trata-se de uma doença grave que pode ter uma evolução rápida e levar a complicações sérias como convulsões, perda auditiva, déficit motores e dificuldades cognitivas. A prevenção, diagnóstico e tratamento da meningite envolve diferentes funções e profissionais médicos, como clínico geral, que realiza o primeiro atendimento, avalia e prescreve vacinas. Pediatra que trata e identifica a meningite em crianças, que representam o grupo de maior risco. Neurologista que é fundamental no diagnóstico e acompanhamento da doença, pois investiga sequelas neurológicas pós-meningite. Infectologista que é o profissional especializado em doenças infecciosas, que incluem a meningite bacteriana, viral ou fúngica, faz o diagnóstico, tratamento e define a medicação indicada. Imunologista e/ou Alergista indicado em casos de meningite medicamentosa, quando a doença é causada por reações alérgicas ou imunológicas. Também avalia pacientes com deficiências imunológicas, que estão mais expostos a meningites fúngicas e bacterianas.

Clínica Brasil

A Clínica Brasil oferece todo o suporte necessário na prevenção, no diagnóstico e no tratamento da meningite. Contamos com todas as vacinas que fornecem a proteção ideal contra os principais tipos de meningite, além de profissionais especializados e exames que são realizados no diagnóstico da doença.